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Casa Mineira de Verdade - Tiradentes

Você já teve vontade de entrar em uma casa desconhecida? Cris Hoffmann entrou! Saiba como foi.

Por: Cris Hoffmann       11 de Fevereiro de 2015 - ATUALIZADO EM: 04 de Janeiro de 2022   |   VISUALIZAÇÕES 10.983

Casa mineira de verdade

Alguma vez, passeando pela rua, você já teve vontade de entrar em uma casa desconhecida, saber como ela é por dentro, como vivem seus moradores? E se fosse numa casa especial, construída na segunda metade do século XVIII, implantada firme e forte no centro histórico de Tiradentes e que abriga atualmente a sétima geração de uma mesma família? Pois eu jamais perderia a oportunidade!


A casa da dona Maria, na rua Direita. Foto: Cris Hoffmann

 

A casa da dona Maria fica na rua Direita, mas o grande terreno avança até a Gabriel Passos, que passa nos fundos da residência. Tem um portãozinho vermelho que dá acesso ao “bequinho” que acompanha toda a lateral da casa, ligando as duas ruas com muito charme.


O bequinho!

 

Na casa vivem a dona Maria e sua filha Cidinha, que trabalha no IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural) de Tiradentes – não poderia ser diferente, poderia? ;-)

Na fachada da casa, podemos observar características marcantes da arquitetura colonial brasileira: as formas regulares e simétricas, o uso de todo o terreno (sem recuos ou jardim), o beiral tipo beira seveira (importante neste estilo arquitetônico como proteção contra a água das chuvas), abertura de portas e janelas com arco abatido, entre outras.

Por dentro, a casa revela todo o seu esplendor histórico: o piso de madeira de lei, belos móveis torneados, lindas e imponentes vigas de madeira sustentando o telhado, lustres, peças decorativas entalhadas, e como não poderia faltar em nenhuma casa mineira que se preze, um belo oratório.


Detalhes do interior da casa. Fotos: Cris Hoffmann

 

O quarto das meninas não tinha janela, somente uma porta, que ligava ao quarto dos pais. Ou seja, para sair do quarto, as meninas precisavam necessariamente passar pelo quarto dos pais. Sabidos, não? ;-)


Os quartos interligados. Foto: Cris Hoffmann

 

Cidinha me contou que – pasmem! – elas têm seu próprio bloco de Carnaval. Chama-se Ver-te Cana, é considerado um dos melhores da cidade, sai no domingo de Carnaval e a concentração acontece em frente à nossa casa favorita. O fundador do bloco foi um irmão da Cidinha, infelizmente já falecido, mas seu legado continua distribuindo alegria e cachacinhas aos festeiros há quase 30 anos. Sim, o bloco abre alas com um barril de cachaça, abastecendo os foliões que curtem os festejos de Momo nessa cidade tão querida!

Foi uma tarde muito agradável, uma experiência singular, e aqui eu quero registrar publicamente meu agradecimento à Cidinha e à dona Maria, que abriram sua casa e sua vida não só para mim, como para todos os participantes do 13º Seminário de FengShui. Muito obrigada, de coração, e até a próxima!!

 

 

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