O trabalho de arquitetura comercial considera cinco fatores no planejamento de um empreendimento. As arquitetas Juliana Pereira e Fabiana Ruaro trazem algumas dicas importantes neste artigo.
Por Juliana Pereira e Fabiana Ruaro
A relação de compra vai muito além de entregar uma mercadoria em troca de um valor monetário. Quando o cliente procura uma loja, quer vivenciar uma experiência inspiradora, interativa e marcante. Para contribuir com a realização desse desejo, é primordial que o estabelecimento tenha uma identidade própria, convidativa, capaz de estimular a permanência do público – até que seja encantado e conquistado.
Esse desafio tem como premissa a comunicação correta entre a loja e seu cliente – ponto de partida para o trabalho da arquitetura comercial. Os projetos desenvolvidos com essa finalidade estabelecem critérios específicos para renovar e garantir competitividade ao estabelecimento. Tudo começa com a missão de transformar a loja em um local de desejo, cobiçado e, especialmente, que gere vínculo entre o cliente e o ato da compra.
Pet shop.
Diversas técnicas de merchandising contribuem com essa finalidade – são três os principais pontos orientadores para o planejamento do ponto de venda: público, mercado e posicionamento. Essas ferramentas ajudaram a criar um novo processo de compras, onde a experiência sensorial surge como protagonista – numa evolução que começou a ocorrer quando as lojas passaram a mostrar suas mercadorias abertas ao público, em vez de mantê-las guardadas em salas. Mas as mudanças significativas vieram com o surgimento das grandes redes de lojas de departamento. Trabalhar elementos no ponto de venda, para atrair o público consumidor, passou a ser a chave do planejamento.
O trabalho de arquitetura comercial considera cinco fatores: fachada, vitrine, layout, exposição de produtos e iluminação. Aliados, esses elementos permitem apresentar os produtos da melhor maneira possível, combinando e ambiência, funcionalidade e design de interiores convidativo. Com planejamento, é possível fortalecer a imagem da marca, apoiando uma estratégia comercial bem-sucedida, que parte da necessidade de atrair consumidores para o interior do estabelecimento.
Loja de roupas e sapatos.
Alternar ações internas e externas é o grande segredo: investir em uma boa vitrine, que comunique corretamente o mix de produtos conforme seu público alvo, é o primeiro passo. Estudos indicam que esse canal é responsável por até 75% das vendas de uma loja. Depois, aparece a necessidade de personalizar a atmosfera de compra de acordo com o perfil de cliente, atentando para características que despertem no consumidor a vontade de adquirir determinado produto. É importante considerar as particularidades de cada loja – que variam de acordo com o nicho, o público alvo, a localização, etc.
Esse investimento todo tem retorno certo – cada melhoria se reverte em uma nova futura compra e em vendas mais assertivas – aumento assim seu ticket médio do estabelecimento. O que você está fazendo para chamar a atenção do seu cliente?