Para aqueles que querem colocar um pouco de cor no seu projeto paisagístico, as Íris caem muito bem. Elas são elegantes, produzem uma flor linda, exótica, que lembra uma orquídea e que podem ser de diversas cores; são fáceis de serem cuidadas e exigem pouca manutenção.
A flor de Íris é muito utilizada para bordaduras ou grupos isolados, embora possa ser plantada também em vasos, canteiros ou jardineiras.
É uma flor extremamente delicada, de aroma único e beleza diferenciada. É uma grande aliada dos amantes de flores que apreciam a espécie pelas suas formas e em como ela embeleza o jardim e arranjos de flores.
Algumas características da Íris:
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é uma planta muito fácil de ser cultivada;
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é uma planta perene (possui um ciclo de vida longo, normalmente acima de dois anos);
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é muito resistente;
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adapta-se em diversos climas;
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resiste bem a períodos de estiagem;
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necessita de pouca manutenção;
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possui flores coloridas, com várias tonalidades;
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se multiplica através de bulbos e rizomas.
Altura
Levando-se em conta que existem mais de 200 espécies de Íris, a sua altura irá depender da sua categoria, do clima e da manutenção. Mas de modo geral, o seu tamanho varia de 15 cm até 1,20m.
As hastes dessa planta são bonitas, longas e eretas, onde sua parte basal conta com uma massa bastante densa, criando um desenho em estilo de espada podendo ser em número de 3 a 10.
Jardim com flor Íris azul. Imagem: Olga Mandel - Unsplash
Tipo e Floração
Para que possamos ter plantas saudáveis, com flores bonitas, precisamos saber se ela se adapta na região em que moramos. Abaixo, vamos procurar mostrar algumas das espécies de Íris e onde elas melhor se adaptam.
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Íris Sibirica – é a que mais se adapta, muito fácil de cultivar, exige poucos cuidados e se dá muito bem em climas temperados;
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Íris de Louisiana – é a espécie perfeita para ser plantada em lugares quentes e úmidos. Pode ser plantada em outras regiões, mas precisa de pelo menos 2,5cm de água durante as estações mais quentes para que a floração seja intensa. Mesmo sendo uma espécie que se adapta bem, ela ainda irá precisar de cuidados especiais;
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Ersicolor – esta espécie precisa de sol, no mínimo de 6 horas, por esse motivo ela é a ideal para lugares ensolarados e muito iluminados.
Na Íris, as sépalas e pétalas são diferentes uma das outras. Cada flor possui três sépalas que se curvam ou se abrem ou se curvam para baixo e três pétalas internas eretas. A maioria dessas flores floresce na Primavera e Verão.
Íris Amarela. Imagem: Volodymyr Tokar - Unsplash
Íris bordô. Imagem: Jeffrey Hamilton - Unsplash
Cores
Esse gênero de planta conquista por sua paleta de cores, que vão desde os tons de roxo e azul, violeta, rosa, até os tons de amarelo, passando pelo branco. Sendo que as mais comuns são as de flores roxas ou em tons de azul.
As flores da Íris podem ser roxas, azuis, brancas, ... Imagem: Zoe Schaeffer - Unsplash
Clima
De modo geral, ela se adapta nos mais diversos tipos de clima, mas é no clima temperado ou subtropical que ela melhor se desenvolve, principalmente pela sua necessidade de pelo menos metade de um dia de sol. Por esse motivo, é bom pesquisar qual a espécie que melhor se adapta na sua região.
Luminosidade
É uma planta que necessita de sol, por um período de pelo menos de 6 a 8 horas diárias para se desenvolver e desabrochar lindas flores. Ela se adapta em locais como ao lado de casas ou sombra de árvores, contanto que o sol incida por algumas horas no dia.
Onde e quando plantar
Como é uma planta que gosta de sol, deve-se escolher um local que receba uma boa incidência por dia.
Ela poderá ser plantada em jardins, canteiros, vasos ou floreiras.
Quanto ao solo, ela é tolerante com solos que vão dos ácidos até os levemente alcalinos, com consistência argilosa ou arenosa. Para que ela se desenvolva e cresça bonita e viçosa, recomenda-se um solo úmido e enriquecido e com boa drenagem, mas ela cresce também nos solos secos e calcários, mas os mesmos a impedem de ter um melhor crescimento.
Ela se desenvolve muito bem quando plantada entre janeiro e fevereiro, pois suas raízes se desenvolvem melhor enquanto a luz solar é mais forte, o que facilita a absorção de água e acelera o seu crescimento, tornando-a mais resistente ao frio do inverno.
Tudo irá depender da região que você mora e do clima predominante, pois dependendo da temperatura e das chuvas, a época do plantio da Íris pode variar. No Sul do Brasil, onde as temperaturas são mais amenas, o plantio é recomendado até o final de fevereiro. Já nas regiões mais quentes, elas poderão ser plantadas até meados de abril.
Como plantar
O correto no plantio é deixar o rizoma parcialmente exposto, ou seja, uma parte na terra e outro acima do solo para que ele possa se desenvolver perfeitamente; caso o rizoma fique inteiro embaixo da terra, isso irá impedir que a planta cresça.
Outro fator determinante para o crescimento da planta: cada planta deverá ficar pelo menos, 30 centímetros de distância uma da outra para que o rizoma e as raízes possam ter espaço para se desenvolverem.
Quando for feito o plantio em vasos, deverá ser colocada uma muda em cada um, e que o vaso possua uma boa drenagem; antes da terra, recomenda-se uma camada de areia ou pedras no fundo do vaso.
Obs.: Bulbos e rizomas são caules adaptados para armazenar nutrientes e energia que fazem com que as plantas de desenvolvam saudáveis.
Rega
Ao ser plantada, a Íris irá necessitar de rega abundante, mas o local terá que ter uma boa drenagem para que não aja o apodrecimento radicular. Se o clima estiver seco, recomenda-se a rega a cada 7 ou 10 dias. Se o plantio for feito no final do verão ou começo do outono, é preciso parar de regá-las assim que esfriar e começar a chover.
Adubação e replantio
Como toda planta, a Íris deverá ser plantada com terra bem preparada com adubo. Ela gosta de fertilizantes que favoreçam no seu desenvolvimento. Os de uso comum, com baixo teor de nitrogênio são os indicados um mês antes do tempo de florescimento e devem ser aplicados na terra e nunca no caule da planta, e logo após a fertilização, recomenda-se que a planta seja regada para uma melhor adesão.
As flores de Íris podem ser obtidas através de sementes, mas dessa forma, pode levar muito tempo para que elas floresçam. Assim, o melhor método de replantio é após o período de floração que acontece no final do verão ou início do outono e é feito por meio de rizomas ou bulbos. Eles deverão ter algo entre 5 a 8 cm de comprimento para que os mesmos possam se ajustar de maneira adequada no novo espaço no qual será alocada. Normalmente, leva de 2 a 5 anos para que ocorra um congestionamento dos aglomerados fazendo com que a planta perca sua vitalidade ou pare de florescer.
A Íris pode ser plantada em jardim externos, criando composições que exploram suas cores. Imagem:
Depositphotos
Toxidade
Ela é considerada uma planta tóxica, e todas as suas partes, se ingeridas, podem causar desconforto grave.
Recomenda-se o uso de luvas na hora de seu manuseio, pois a sua seiva que pode causar sérias irritações na pele e até queimaduras se o contato for por tempo prolongado.
A poda
As folhas verdes não deverão ser podadas, cortadas ou arrancadas. Apenas deverão ser retiradas as folhas amareladas ou amarronzadas que aparecem, pois as mesmas podem consumir os nutrientes da planta fazendo com que ela adoeça.
Doenças e pragas
A Íris é uma planta perene, portanto, os diferentes tipos de doenças e pragas também podem aparecer ou reaparecer. Ela poderá ser atacada por fungos ou por infecções bacterianas causadas por ações de insetos. Caso o rizoma fique abafado ou úmido, ele poderá mofar e servir de criadouro para pragas.
Muitas dessas doenças podem ficar no solo por muito tempo, afetando inclusive o plantio de novas mudas saudáveis. É o caso do fungo murcha de Fusarium que ataca as raízes e depois as folhas causando a morte da planta em seguida.
Outro fungo que ataca a Íris é o fungo da semente de mostarda que desenvolvem um lodo marrom que cobre a base das flores e flores causando sua destruição. Ele pode ser evitado removendo as plantas doentes para impedir a propagação.
Os insetos podem provocar problemas com bactérias, como é o caso da mancha bacteriana. Essa doença não causa a morte da planta, mas pode prejudicá-la causando a morte das folhas as quais deverão ser removidas completamente.
Fontes Consultadas