Conheça um pouco sobre o "maior arquiteto americano de todos os tempos" e surpreenda-se com a beleza de suas obras.
Wright nasceu em Richland Center, Wisconsin, nos Estados Unidos, em 1867.
Estudou Engenharia Civil, mas abandonou o curso em 1887. Em 1871 mudou-se para Chicago e logo passaria a trabalhar com o Arquiteto Louis Sullivan.
A partir de 1890 passou a ser o responsável pelos trabalhos residenciais da empresa. Mas como realizou alguns projetos e obras "por fora" (os quais serviram como fonte de renda extra para a família que estruturava), Sullivan sentiu-se traído e pediu que saisse da empresa.
Wright montou seu escritório em casa, contando com o apoio de bons projetistas arquitetônicos, e a Casa Winslow foi o primeiro projeto concluído nesta nova fase. Em 1901 já teria pelo menos 50 projetos realizados.
De 1901 a 1917 produziu os projetos residenciais conhecidos como Prairie Houses, ou seja, casas em harmonia com a natureza/entorno. Estas possuiam uma arquitetura horizontal, baixa, simples e limpa.
Suas duas principais obras são:
Nascido para integrar a beleza natural aos projetos arquitetônicos, Wright fazia de cada projeto uma obra inovadora, concentrando sua arquitetura nos aspectos localização e finalidade. Wright afirmava que “a forma e a função são uma só.”
Sua Arquitetura Orgânica possui uma criatividade que emociona pela comunicação com a beleza. Seus projetos eram baseados na individualidade, focados na integração do espaço exterior e interior, da natureza e do ambiente. Tudo deveria ser adaptado ao local e ao homem.
Desta forma, sua Arquitetura Orgânica era uma contraposição ao Estilo Internacional Europeu (arquitetura funcionalista, com grande rigidez). Junto com Louis H. Sullivan, liderou o movimento arquitetônico chamado Prairie School (integração com a paisagem circundante).
Na década de 30, desenvolveu as Casas Usonianas, que seriam o ideal das casas americanas de classe média.
Surpreendia a cada projeto! Ele ultrapassava os limites da criatividade usando elementos como vidro, blocos de concreto e áreas internas amplas e sem paredes.
São características gerais da arquitetura de Frank Lloyd Wright:
Até seu falecimento em 1959, teria criado cerca de mil projetos, dos quais mais da metade foram construídos. Projetou residências, edifícios, escritórios, escolas, hotéis, templos e museus. Também se destacou na criação de móveis e vitrais.
Foi ele, Frank Lloyd Wright, um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento da Arquitetura Orgânica (uma das escolas da arquitetura moderna): Lloyd acreditava que a casa deve ser considerada um organismo vivo, pois influencia fortemente as pessoas que nela habitam, trabalham ou rezam. Sendo assim, a casa precisa ser bem planejada para atender às necessidades dos indivíduos e do seu país e cabe ao arquiteto a importante tarefa de "modelar os homens".
Em 1991, o American Institute of Architects conferiu uma homenagem póstuma a Wright dando-lhe o título de “Maior arquiteto americano de todos os tempos”.
Procurando a integração do seu projeto com o entorno, a casa foi edificada e integrada ao curso d’água que passa pela propriedade, em meio às pedras e vegetação. Ele imaginou os futuros moradores sentindo a água passando, mas não visualmente, através do som produzido, percorrendo toda a casa.
Totalmente voltada para as ideias da arquitetura Orgânica, o calcário local foi utilizado na construção das chaminés e fundações e a areia do Rio Wisconsin foi misturada ao estuque das paredes para que fossem lembrados os bancos de areia do rio.
A Fundação Frank Lloyd Wright mantém sua sede nesta residência, guardando todo o legado uma história de projetos e ideias arquitetônicas.
Ele procurou privilegiar um design com formas geométricas puras e orgânicas, onde o ambiente interno era cheio de detalhes, desde o piso de entrada, até as luminárias decorativas, em um contexto amplo e espacial, com suas rampas espiraladas. Concedeu ao prédio uma fachada arrojada, que impressionava e impressiona até hoje.
Dedicado à arte moderna, é o primeiro museu criado pela fundação Solomon R. Guggenheim, cuja construção terminou em 1959, seis meses após a morte de Wrigth. Seu acervo conta com importantes obras de Picasso, Kandinsky, Monet, Katherine S. Dreier e Van Gogh. Com a tecnologia do Street View, é possível visitar o Guggenheim e suas obras.
O novo projeto, concluído em 1922, tornou-se uma de suas principais obras no Japão.
O arquiteto adaptou o seu projeto para preservar as tradições japonesas e escolheu soluções que evidenciaram sua marca, usando texturas, conforto de iluminação e acústica. O Hotel Imperial possuía apenas três andares e foi demolido em 1967 para dar lugar a um outro hotel de grande porte, para maximizar o uso da terra.
Wright se preocupou com o meio ambiente e procurou uma solução para a acomodação dos funcionários, dos móveis, equipamentos e máquinas utilizadas no trabalho. Para que todas as partes estivessem perfeitamente alocadas, ele projetou as mesas, cadeiras, luzes e janelas especificamente para o Larkin. O projeto seguiu a tendência de planta livre, marcado pelo uso de móveis de aço, ar condicionado, serviço de contentores fixados nas paredes e divisórias e portas de vidro articuladas com armação de metal. O Edifício Larkin foi concluído em 1904 e demolido em 1950.
Frank Lloyd Wrigth desenvolveu projetos e escreveu livros por mais de 60 anos, seguindo seu pensamento de arquitetura orgânica, que permite ligar a construção ao todo, formando um organismo completo. Neste sentido, podemos facilmente perceber o uso de conceitos que hoje fazem parte de uma arquitetura sustentável. Veja mais: Dicas de Sustentabilidade para seu Projeto
Alguns dos seus projetos apresentaram falha técnica, mas o seu legado (a sua visão através da arquitetura orgânica) quebrou o rígido estilo do século XIX com seus projetos dinâmicos, irreverentes e belos.
No Brasil, podemos notar sua influência nos projetos arquitetônicos de Villanova Artigas e Rino Levi.