Esta tendência artística se desenvolveu até o surgimento do Barroco. Conheça as características do Maneirismo e saiba identificar suas obras.
O nome “Maneirismo” foi utilizado por Giorgio Vasari para denominar a maneira de cada artista trabalhar. Este movimento valorizava o trabalho individual do artista, incentivando a complexidade das formas e seus detalhes, evitando o formalismo do período Renascentista - que utilizava especialmente valores clássicos.
Ele pode ser considerado tanto um movimento, como um período de transição entre o Renascimento e o Barroco. Seu público era o aristocrático.
Por questionar a arte desenvolvida no Renascimento, foi visto por muitos como um período de decadência em relação à perfeição clássica, sendo uma imitação distorcida do período anterior, com perda da proporção e do equilíbrio. Porém, o Maneirismo abriu espaço para que os elementos clássicos pudessem ser utilizados com certa liberdade, incentivando a criação e a expressão individual, fazendo surgir soluções mais coerentes com a nova sociedade.
Cristo abraçado à cruz - El Greco - Museu do Prado. Imagem: Wikipédia
Giambologna (escultor) – O Rapto da Sabina, 1582, Florença. Imagem: Wikipédia
Este é a posição do transepto. No Renascimento as plantas das igrejas costumavam ter uma planta central e a cúpula no centro. Já no Maneirismo, o ambiente foi alongado, como mostrado acima, e a cúpula posicionada sobre o transepto, o que deixa o ambiente com pontos de pouca iluminação. Imagem: Wikipédia
* Michelângelo foi Renascentista, mas ao desenvolver um trabalho mais individual e com algumas características próprias, abriu caminho (juntamente com outros artistas, como Palladio), para que os profissionais passassem a buscar um estilo próprio, usando o Renascimento como ponto de partida.