A troca de acabamentos e um bom projeto de iluminação e de paisagismo podem valorizar o imóvel.
Os edifícios são os principais símbolos da urbanização e do crescimento das grandes metrópoles. Revitalizar suas fachadas é, portanto, acompanhar a evolução do cenário urbano.
Reformar o interior das casas e apartamentos é uma prática considerada comum em nossa sociedade. Afinal, com o tempo, bate a vontade – e a necessidade – de repaginar o visual e o layout dos ambientes.
Se dentro das moradas, o crescimento e a mudança da estrutura familiar gera o desejo de reformar, do lado de fora ocorre um movimento semelhante. Com o crescimento das grandes cidades, as fachadas dos edifícios também requerem revitalização. Afinal, são elementos importantes no cenário das metrópoles.
Acostumadas a executar este tipo de projeto, as arquitetas Luciana Araújo e Nathália Otoni, do escritório Óbvio Arquitetura (www.obvio.arq.br), explicam que, além de evitar que os prédios se tornem elementos obsoletos, as reformas das fachadas ainda contribuem para a valorização destes imóveis. “Por ser a primeira impressão de quem chega em um prédio, a fachada torna-se o seu cartão de visitas. É ela que vai demonstrar o estado de conservação, o padrão e a manutenção do imóvel. Tudo isso contribui para a valorização dos apartamentos”, avaliam.
Ainda de acordo com as profissionais, a reforma de fachadas exige muita cautela e estudo, já que revitalizar significa respeitar a arquitetura já existente, sem se impor a ela. “Existem boas opções para reformar sem alterar a arquitetura original. A troca dos acabamentos, por exemplo, pode ser uma boa opção para dar esta renovada, juntamente com a reforma do gradil. Outra questão importante é trabalhar a iluminação. Além de valorizar o prédio, ela torna o ambiente mais seguro para os moradores e visitantes. O paisagismo também é um ponto que pode ser explorado e valorizado. Tudo isso seguindo a linguagem existente e valorizando os pontos positivos da edificação”, enumeram.
Neste prédio, as arquitetas trocaram o gradil por vidro e trabalharam a iluminação de forma a valorizar a edificação. Foto: Rodrigo Marcandier
Sobre a periodicidade das reformas de fachadas, as arquitetas da Óbvio Arquitetura afirmam não haver uma regra. “A reforma de um edifício deve ser feita quando os acabamentos existentes estão dando problema - como pastilha soltando ou pintura precisando ser refeita – ou quando os proprietários sentirem a necessidade de modernizar ou revitalizar o prédio. Não existe um período pré-determinado. Isso vai depender muito da estética ou estado de conservação da edificação”, encerram.
Para combater as infiltrações, as arquitetas introduziram textura impermeabilizante e pintura. Foto: Rodrigo Marcandier