As novas e cada vez mais inteligentes tecnologias de construção estão mudando a forma como pensamos e planejamos o controle de iluminação em uma residência ou até mesmo em um edifício inteiro.
Por Pedro Polo*
Os fabricantes de sistemas e produtos para o controle da luz, tanto natural quanto artificial, estão se tornando dia após dia mais aptos a oferecer uma variedade de componentes que elevam a eficiência energética, reduzem os custos e propõem a integração com outros sistemas para garantir a automação e controle de dados.
Entretanto, para que os sistemas de controle de iluminação se tornem ainda mais inteligentes é preciso lembrar que, antes de mais nada, eles devem criar a melhor experiência possível para as pessoas que vivem ou trabalham naquele espaço.
No final das contas, a percepção do cliente sobre a qualidade tem início a partir da simples expectativa de que tudo o que está sendo instalado naquele local irá funcionar. Do produto mais simples ao mais complexo: a primeira regra é cumprir o que foi proposto.
Um sistema de dimerização, por exemplo, pode ajudar a otimizar a eficiência energética, reduzir custos de instalação e operação e promover a integração com os sistemas de gestão de um edifício. Mas o mais importante é reduzir a luz suavemente e melhorar o ambiente de iluminação para quem utiliza o local, seja um morador ou alguém que trabalha naquele ambiente.
Satisfazer esse usuário e agradar os seus olhos é o primeiro e mais importante passo.
Em relação ao controle de iluminação, a qualidade pode ser definida por quatro princípios básicos:
Um sistema de iluminação inteligente considera tanto a luz elétrica e quanto a natural.
Os bons sistemas de iluminação devem fornecer os níveis de iluminação adequados para que as pessoas executem corretamente suas tarefas visuais. E mesmo que seja bastante difícil isolar os benefícios de produtividade dos níveis de iluminação adequados, existe uma clara ligação entre o controle de iluminação do ambiente pessoal e o conforto e a motivação dos funcionários.
Sistemas de cortinas, por exemplo, são essencialmente concebidos para reduzir a luminosidade e fornecer proteção térmica para os ocupantes do edifício. Sem uma eficaz mitigação do brilho, essas cortinas agregam pouco ou nenhum valor.
No entanto, o controle de luz não deve limitar a capacidade de uma avançada captura da luz do dia, a preservação de pontos de vista dos ocupantes e as oportunidades para o aquecimento passivo ou reflexão do calor. Um verdadeiro sistema de alta performance entende a hierarquia de comando e sempre mantém a funcionalidade principal em primeiro lugar, antes de abordar benefícios avançados, como otimização de energia e análise de dados.
Eficiência energética é importante não apenas pela questão da redução de custos, mas como parte do crescente comprometimento global com a sustentabilidade. A ênfase na economia de energia é algo relativamente novo. Sistemas de controle de iluminação têm apenas cerca de 50 anos e o objetivo sempre foi o de fornecer benefícios significativos para a vida das pessoas que vivem ou trabalham em um determinado local.
Quando falamos em estratégias de controle de iluminação, o primeiro ponto a ser pensando deve ser o impacto sociológico sobre os ocupantes do edifício. Isto resulta em economia final em termos de redução do consumo de energia, a eficácia dos funcionários e bem-estar geral.
* Pedro Polo é diretor-geral da Lutron Electronics Brasil