Compartilho com vocês a minha visita ao Templo Budista Zu Lai, este lugar mágico e belíssimo situado na Grande São Paulo.
Estamos de volta, depois de um longo e tenebroso inverno! ;-)
Eu já estava com muita saudade de bater meu ponto aqui no Clique! E para começar 2016 com a melhor das energias, compartilho com vocês a minha visita ao Templo Budista Zu Lai, este lugar mágico e belíssimo situado na Grande São Paulo, mais precisamente no município de Cotia, a cerca de 30km da capital.
O Buda sorridente que recebe os visitantes logo na entrada do Templo Zu Lai. Foto: Cris Hoffmann
As obras do Templo Zu Lai foram concluídas em 2003, e seu projeto, inspirado no estilo arquitetônico oriental dos palácios da Dinastia Tang, é fruto de um trabalho conjunto de arquitetos chineses, taiwaneses, japoneses e brasileiros. São 10 mil metros quadrados de área construída em uma área total de 150.000 metros quadrados. Originalmente, esta área era um sítio, que foi doado pela família Chang especialmente para a construção do sonhado Templo.
A entrada e o Jardim dos 18 Arhats. Foto: Cris Hoffmann
Logo na entrada, um Buda sorridente, sentado sobre uma flor de lótus, cumprimenta os recém-chegados. Aliás, a flor de lótus é um símbolo presente em todos os cantos do monastério. O lótus seria um dos oito símbolos auspiciosos do budismo – a planta que “está enraizada na lama profunda e seu caule cresce através da água turva. Mas a flor se eleva acima da sujeira e se abre ao sol, linda e perfumada. No budismo, o lótus representa a verdadeira natureza dos seres, que se levantam através do Samsara para a beleza e clareza da iluminação.”¹
Flores de lótus por todos os lados no Zu Lai. Foto: Cris Hoffmann
Um pouco mais adiante, uma fonte e o Jardim dos 18 Arhats – os monges iluminados que superaram as máculas da ganância, da raiva e da ignorância. Subindo a escadaria a seguir, o Templo exibe-se em todo seu esplendor: é como se a gente atravessasse o mundo em um instante. Eu tive a bênção de visitar o Zu Lai quando ele já estava todo decorado para os festejos do Ano Novo Chinês, que será comemorado em 21 de fevereiro próximo.
O pátio interior do Templo. Foto: Cris Hoffmann
O Templo dispõe de uma cafeteria, onde são vendidos lanches vegetarianos e você pode degustar o famoso Pão da Monja (aliás, chegue cedo, porque a produção é pequena e não saem novas fornadas no dia). Esse pão é maravilhoso! Saboroso, fofinho... E tem várias opções de recheio, como maçã com canela, coco com passas, leite Ninho com manteiga, chocolate, berinjela com tomate seco, entre outras delícias). Eu tenho cá minhas suspeitas (quase certezas, na verdade rs!) de que a monja consagra esses pães com a sua melhor energia, porque eles são irresistíveis! E ali do lado, uma porta dá acesso à lojinha, que comercializa souvenirs, livros, objetos decorativos como pendentes, estátuas de Buda, elefantes e dragões, além de camisetas e incensos produzidos pelos próprios monges.
Foto: Cris Hoffmann
Tem também um pequeno museu de arte budista, com um acervo reduzido em quantidade, porém impressionante em caráter artístico e histórico. Budas em quartzo ricamente ornamentados, peças belíssimas em madeira torneada, e estatuetas muito pequenas com um trabalho tão minucioso que parece formar um rendado de madeira. Uma pena que tanto na cafeteria quanto no museu não são permitidas fotografias, portanto não posso mostrar aqui pra vocês. O mesmo ocorre na Sala de Meditação e outros ambientes. Maaasss eu vou entregar que existem algumas imagens desses ambientes no Tour Virtual oferecido no site do Zu Lai, onde você pode ter uma idéia mais ampla de como esse lugar é especial.
Foto: Cris Hoffmann.
Na entrada da Sala de Meditação, existe um grande incensário. Você pode acender um incenso, fazer um pedido e uma reverência, tudo orientado pelos monges ou voluntários de plantão. Lembrando que não é permitido entrar nesse ambiente com roupas inadequadas (com decotes, ombros ou pernas à mostra). Também não é permitido (nem educado né, vamos combinar) o uso do celular dentro desta sala. Desligue.
Faça um pedido, um agradecimento, uma reverência! Foto: Cris Hoffmann
Um dos ambientes mais silenciosos e harmônicos do Templo é o lago. Rodeado de muito verde, morada de carpas e tartarugas, atravessado por uma ponte de madeira daquelas tipicamente orientais, é um dos cantinhos preferidos para quem quer silenciar a mente e meditar em contato com a natureza. Mesmo para quem não é adepto da meditação, é um refúgio para o estresse e a correria do dia-a-dia.
O lago do Zu Lai - meditação, inspiração e quietude. Foto: Cris Hoffmann
O templo desenvolve uma série de atividades, dentre elas estudos e cursos diversos, divulgação da cultura budista, dias de meditação, retiros, cerimônias e atividades beneficentes. O Zu Lai disponibiliza também o Estudo e Vivência Intensiva de Budismo, com duração de um mês, em regime de internato. Nessa imersão, o participante tem acesso aos fundamentos da doutrina budista e participa do cotidiano monástico, com toda a sua disciplina e rigor.
Por fim, convém reforçar que trata-se de um local religioso, e não um ponto turístico. Dessa forma, o visitante deve saber portar-se (e comportar-se) para que sua presença não perturbe os monges, funcionários ou os outros visitantes. A etiqueta budista pede roupas adequadas (nada de decotes ou ombros/pernas de fora, inclusive para os homens), falar baixo, respeitar os locais onde não são permitidas fotografias e, claro, não fumar.
Mantendo-se discreto e respeitoso, você poderá usufruir de tudo que esse belo santuário tem para oferecer.
Desconecte-se, para reconectar-se consigo mesmo!
Estrada Fernando Nobre, 1461 (acesso pelo km 28,5 da Rodovia Raposo Tavares) – Cotia SP | Fone: (11) 4612-2895
Aberto à visitação: De terça a sexta-feira: das 12h às 17h | Sábados, domingos e feriados: das 9h30 às 17h | Segundas-feiras: Fechado